Quem disse que temos que ser fortes?
Aquele sentimento de ter que atender as expectativas dos outros e ser forte frente às mais diversas situações já me atropelou tantas vezes que nem sei falar muito bem sobre. Esse lugar não me pertence, mas ao mesmo tempo é meu.
Todas temos inúmeras fraquezas que nos deixam vulneráveis, frágeis e muitas vezes não sabemos lidar. Principalmente quando se é mulher!
Aquele papo de que temos que ser fortes diante de adversidades, mas não tão forte pra reagir com brutalidade e não ser agressiva. Firmes, mas não a ponto de ser arrogante. Somos guerreiras, contanto que na guerra tu não te posicione.
Nós mulheres vivemos na corda bamba pra tentar atender expectativas, cobranças e se por acaso der errado “a gente que lute” com o sentimento de falhar.
Tá! Mas e se essa corda arrebenta? Qual o peso que temos em nos desfazer?
Qual é a linha, ou melhor a corda, que separa essa mulher real da mulher imaginária?
Não mulheres, não temos que ter várias identidades (de mãe, esposa, estudante, trabalhadora, boa mulher, excelente profissional) somos só uma!
Ainda que ocupemos em grande maioria o lugar central, o preço de ser uma mulher múltipla, forte, que abraça o mundo é caro demais. O cansaço não é só físico é mental também.
Partiu se desfazer?
Chega de se comparar e bora abraçar.
Lembra que tu pode errar.
Ta mais que na hora de acabar com a competição eterna contigo mesma e com outras mulheres vamos confortar, acolher.
As memórias ruins não são para te deixar forte, talvez é hora de se desfazer de algumas coisas para continuar.
Talvez neste movimento, deixar ir pra encontrar o equilíbrio da vida, seja o que nos torne fortes. Saber que ao se desfazer ficamos mais maduras, ocupamos mais o nosso “ser”, entendemos e respeitamos os momentos em que não estamos inteiras e precisamos dar um passo para trás e simplesmente desfazer.
Feliz dia para nós, mulheres.