Maternidade não é coisa de um ato único.
Preparar (e se preparar) pra por um ser humano no mundo é tarefa continua de toda a vida.
Ser mãe dói.
Ferimento de mãe é coisa que começa antes do piá chegar.
Pode ser na frustração de não conseguir ou no meu caso na surpresa de chegar.
E dói. Bah se dói.
Todas sabemos que vai doer pra sair, mas não imaginamos a dor quando chega.
Aquele gurizinho tri pequeno entregue a reconhecer tudo o que tu imaginava que seria.
É bah atrás de mas bah!
Dói não saber como agir.
Dói o cuidar, o educar, dói o desapontar e puta merda como dói errar…
Dói ver chorar.
Dói ver sofrer e não poder ajudar.
Dói não estar lá, dói também ter que se afastar.
Dói os sumiços, os rolês sem a companhia.
Dói não enxergar.
Dói o parar dos quereres, as enroladas de vontades, as prioridades amadurecem…
E quando achamos que deu um fôlego, já me preparo para a sua ausência.
Dói quando o guri quiser voar.
Nossa vai doer mais as primeiras festinhas open bar.
Dói ter que negar.
Dói ouvir e silenciar.
Mas acredito que as coisas incríveis acontecem no meio de tudo isso.
Cheio de muito amor e amar!
Ajudar, impedir de cair, rodear, transformar e insgotavelmente amar.
Ser mãe é uma montanha russa…
Com toda a dor e amor que existe.
